Invasores no curso de economia

Existem pessoas que entram no curso de economia simplesmente com o intuito de enriquecer com Aplicações na Bolsa de Valores. Então, no curso de economia (da PUC no meu caso), há pessoas invasoras que estão lá com esse intuito de 'poder'. A coisa não funciona bem assim. E essas pessoas acham que são as melhores dentro da turma. Elas visam o mercado financeiro.

Para se trabalhar no mercado financeiro, a pessoa tem que ter muita aptidão à matemática. Muito bem. Mas economia não é uma ciência exata, portanto não há somente matemática no curso. Essas pessoas, nas outras matérias que não são de seu interesse (as que não envolvem a matemática), não tem o mínimo interesse. Acham que história é algo inútil, que a filosofia é algo chato, etc. E querem, nas discussões em sala de aula, mostrar que tudo aquilo é superficial. E isso irrita muito...

Por exemplo: o trabalho doméstico do artesão no século XVI.

Um caro aluno (vindo do Direito, pra piorar), pergunta se os comerciantes não faziam um contrato de terceirização com o artesão (que trabalhava com sua família em um barraquinho), porque se o artesão estragasse a matéria-prima do comerciante ele deveria pagar (!!!!).

Detalhe: o artesão que está lá vendendo sua força de trabalho, no século XVI, sendo explorado, sem ter o que comer direito, em condições precárias, deveria pagar para trabalhar assim.

Ele é um dos típicos alunos que querem mostrar que tem mais conhecimento que os outros, que questionam o que é afirmado, porque discordam, na sua lógica pequeno-burguesa.

São grandes humanitários.

E o pior: não é só ele que é assim. São vários. A maioria hoje em dia.

A crise está aí para provar o quanto eles tem razão.